Powered By Blogger

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Entrevista de Jorge Amado no Fantástico!




Vejo nos olhos a alma de um grande poeta e hoje sei que verdadeiros talentos e dons de grandes pessoas nunca se apagam pois jamais o brilho de uma estrela pode ser ofuscado.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

O Amado

Boa noite leitores.

Hoje sexta-feira dia 10 de dezembro, nessa noite chuvosa porém calorosa, me traz muitas lembranças de tudo o que já vivi nesses 20 anos e de repente me deu uma saudade de falar sobre ele, de contar o quanto ele era incrível e que suas histórias envolviam a todos que se  permitissem a tal liberdade de mergulhar e fazer parte também daquele universo.



É com muita honra que hoje escrevo sobre ele JORGE AMADO.




JORGE AMADO DE FARIAS (1912-2001)

Jorge Amado de Farias nasceu em 10 de agosto de 1912, em Itabuna, Bahia. Passou a infância entre sua cidade natal e Salvador. 
Com apenas dez meses, vê seu pai ser ferido numa tocaia dentro de sua própria fazenda. No ano seguinte uma epidemia de varíola obriga a família a deixar a fazenda e se estabelecer em Ilhéus. Em 1917 a família muda-se para a Fazenda Taranga, em Itajuípe, onde seu pai volta à lida na lavoura de cacau.
Em 1918, já alfabetizado por sua mãe, Jorge retorna a Ilhéus e passa a freqüentar a escola de D. Guilhermina, professora que não hesitava usar a palmatória e impor outros castigos a seus alunos. No ano de 1922 cria um jornalzinho, "A Luneta", que é distribuído para vizinhos e parentes. Nessa época vai estudar em Salvador, em regime de internato, no Colégio Antonio Vieira, de padres jesuítas.
A bela redação que apresentou ao padre Luiz Gonzaga Cabral, com o título de "O Mar", lhe rende elogios e faz com que o religioso passe a lhe emprestar livros de autores portugueses e de outras partes do mundo. Dois anos depois, seu pai vai levá-lo até o colégio após as férias. Despedem-se e Jorge, ao invés de entrar nele, foge. Viaja por dois meses até chegar à casa de seu avô paterno, José Amado, em Itaporanga, no Sergipe. A pedido de seu pai, seu tio Álvaro o leva de volta para a fazenda em Itajuípe.  
É matriculado no Ginásio Ipiranga, novamente como interno. Conhece Adonias Filho e dirige o jornal do grêmio da escola, "A Pátria".  Pouco tempo depois funda "A Folha", que fazia oposição ao primeiro. No ano de 1927, passa para o regime de externato e vai morar num casarão no Pelourinho. Emprega-se como repórter policial no "Diário da Bahia". Pouco depois vai para o jornal "O Imparcial". Uma poesia de sua autoria, "Poema ou prosa", é publicada na revista "A Luva". Conhece o pai-de-santo Procópio, que o nomeará ogã (protetor), o primeiro de seus muitos títulos no candomblé. 
Reúnem-se em torno do experimentado jornalista e poeta Pinheiro da Veiga os integrantes da Academia dos Rebeldes, grupo literário do qual, além de Jorge, faziam parte Clóvis Amorim, Guilherme Dias Gomes, João Cordeiro, Alves Ribeiro, Edison Carneiro, Aydano do Couto Ferraz, Emanuel Assemany, Sosígenes Costa e Walter da Silveira. A Academia fazia oposição ao grupo Arco & Flexa e pregava, no dizer de Jorge Amado, "uma arte moderna sem ser modernista". Os trabalhos de seus integrantes são publicados nas revistas "Meridiano" e "O Momento", ambas fundadas por eles.
Em 1929, começa a trabalhar em “O Jornal” onde publica, sob o pseudônimo de Y. Karl, a novela "Lenita", escrita em parceria com Dias da Costa e Edison Carneiro, que assinavam como Glauter Duval e Juan Pablo.
No ano seguinte transfere-se para o Rio de Janeiro para estudar. Conhece Vinicius de Moraes, Otávio de Faria e outros nomes importantes da literatura. "Lenita" é editada em livro por A. Coelho Branco Filho, do Rio de Janeiro.
A Ariel Editora, do Rio, em 1933, publica "Cacau", com tiragem de dois mil exemplares e capa e ilustrações de Santa Rosa. O livro esgota-se em um mês; a segunda edição sai com três mil exemplares. Entre a primeira e a segunda edição de Cacau, Jorge tem acesso, através de José Américo de Almeida, aos originais de "Caetés", romance de Graciliano Ramos. Empolgado com o talento do escritor alagoano, viaja para Maceió só para conhecê-lo, iniciando uma amizade que duraria até a morte de Graciliano. Conhece também José Lins do Rego, Aurélio Buarque de Holanda e Jorge de Lima. Torna-se redator­chefe da revista "Rio Magazine". Casa-se em dezembro, em Estância, Sergipe, com Matilde Garcia Rosa. Juntos, eles lançam, pela Schmidt, o livro infantil Descoberta do mundo.
Em 1934, publica — também pela Ariel — o romance "Suor". Trabalha na Livraria José Olympio Editora, do Rio de janeiro, primeiro escrevendo releases e depois na parte editorial propriamente dita; tendo  influenciado na publicação de "O conde e o passarinho", primeiro livro de Rubem Braga, e no lançamento de autores latino-americanos como o uruguaio Enrique Amorim, o equatoriano Jorge Icaza, o peruano Ciro Alegría e o venezuelano Rómulo Gallegos (de quem traduziu o romance "Dona Bárbara").
Nasce sua filha Eulália Dalila Amado, em 1935. Escreve em "A Manhã", jornal da Aliança Nacional Libertadora, pelo qual cobre a viagem do presidente Getúlio Vargas ao Uruguai e à Argentina. "Cacau" é publicado pela Editorial Claridad, de Buenos Aires. Neste mesmo ano "Cacau" e "Suor" seriam lançados em Moscou. Conclui o curso de Direito. Lança "Jubiabá" pela José Olympio Editora.
Sofre sua primeira prisão em 1936, por motivos políticos: acusado de participar do levante ocorrido em novembro do ano anterior em Natal — chamado de "Intentona Comunista” — é detido no Rio. Publica “Mar morto”, que recebe o Prêmio Graça Aranha, da Academia Brasileira de Letras.
No ano seguinte faz papel de pescador no filme “Itapuã”, de Ruy Santos, no qual também colabora com o argumento. Viaja pela América Latina e depois vai aos Estados Unidos. Enquanto está fora, sai no Brasil “Capitães da areia”. Quando chega a Belém, vindo do exterior, é avisado pelo escritor paraense Dalcídio Jurandir do golpe de Vargas. Foge para Manaus, mas lá é preso. Seus livros, considerados subversivos, são queimados em plena Salvador por determinação da Sexta Região Militar. Segundo as atas militares, foram queimados 1.694 exemplares de "O país do carnaval", "Cacau", "Suor", "Jubiabá", "Mar morto" e "Capitães da areia".
Retorna ao Rio no ano de 1939. Exerce intensa atividade política, em decorrência das torturas de presos e a desarticulação do Partido Comunista. Torna-se redator-chefe das revistas Dom Casmurro e Diretrizes. Inicia colaboração com a revista Vamos ler; que manterá até 1941. Compõe, com Dorival Caymmi e Carlos Lacerda, a serenata "Beijos pela noite". O escritor franco-argelino Albert Camus, futuro Nobel de Literatura (1957), escreve artigo no jornal Alger Républicain classificando "Jubiabá" de "magnífico e assombroso".
Em 1944, a pedido de Bibi Ferreira escreve a peça "O amor de Castro Alves", mas a companhia teatral da atriz é desfeita antes da encenação. Lança "São Jorge dos Ilhéus". Desquita-se de Matilde.
Participa, em janeiro de 1945, na condição de chefe da delegação baiana, do I Congresso de Escritores, em São Paulo. O encontro termina com uma manifestação contra o Estado Novo. Jorge é preso por um breve período juntamente com Caio Prado Jr. O Barão de Itararé apresenta o romancista a Zélia Gattai na Boate Bambu, durante jantar em homenagem aos participantes do Congresso de Escritores. Passa a viver em São Paulo, onde chefia a redação do jornal Hoje, do Partido Comunista Brasileiro. Escreve também na Folha da Manhã. Torna-se secretário do Instituto Cultural Brasil-URSS, cujo diretor era Monteiro Lobato. Sai no Brasil "A vida de Luís Carlos Prestes", rebatizado de "O cavaleiro da esperança". Em julho, passa a viver com Zélia. No mesmo mês participa, ao lado do poeta chileno Pablo Neruda (que em 1971 ganharia o Nobel de Literatura), do comício de Luís Carlos Prestes no Estádio do Pacaembu, em São Paulo. Lança "Bahia de Todos os Santos". É eleito, com 15.315 votos, deputado federal pelo PCB. Publica o conto "História de carnaval" na revista O Cruzeiro. "Terras do sem fim" sai pela respeitada editora A. Knopf, de Nova York.
Publica, em 1947, pela Editora do Povo, do Rio de Janeiro, "O amor de Castro Alves". É um ano de vários acontecimentos na área do cinema para o escritor: a Atlântida compra os direitos de "Terras do sem fim"; ele escreve os diálogos do filme "O cavalo número 13", uma produção de Fernando de Barros e ainda o argumento de "Estrela da manhã", que seria dirigido por Mário Peixoto, encarregado também do roteiro (o filme acabou sendo feito, mas não por Peixoto). Nasce, no Rio de Janeiro, o filho João Jorge.
Em 1949, dirigindo-se para a Tchecoslováquia, onde participaria de um congresso de escritores, sofre um acidente de avião na cidade de Frankfurt, Alemanha; escapa ileso. Morre no Rio, "de repente", conforme conta o escritor, sua filha Eulália.
Viaja ao Oriente ao lado de Zélia, Pablo e Matilde Neruda, em 1957. "Terras do sem fim" é lançado em quadrinhos. Carlo Ponti, cineasta italiano, compra os direitos de "Mar morto"; mas o filme não chega a ser realizado. Conhece a mãe-de-santo Menininha do Gantois, a quem ficaria ligado até a morte dela, ocorrida em agosto de 1986.
Em 1959, "Gabriela" coleciona prêmios: Machado de Assis, do Instituto Nacional do Livro; Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro e Luiza Cláudio de Souza, do Pen Club, são alguns deles. O romance ultrapassa a casa dos 100 mil exemplares vendidos. Recebe em Salvador, do Axé Opô Afonjá, um dos mais altos títulos do candomblé, o de obá orolu (também receberam tal distinção o compositor Dorival Caymmi e o artista plástico Carybé). "Obá, no sentido primitivo, é um dos doze ministros de Xangô", explica Jorge Amado. Funda a Academia de Letras de Ilhéus. Lança na revista Senhor, do Rio de Janeiro, a novela "A morte e a morte de Quincas Berro Dágua"; a idéia inicial era que este texto, de 98 páginas datilografadas e escrito em dois dias, integrasse o romance "Os pastores da noite". Naquela mesma publicação sairia o conto "De como o mulato Porciúncula descarregou o seu defunto".
Por unanimidade, é eleito, no dia 6 de abril de 1961, em primeiro escrutínio, para a cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, que pertencia a Otávio Mangabeira. No mesmo mês estréia na Tv Tupi do Rio de Janeiro a adaptação de "Gabriela" feita por Antônio Bulhões de Carvalho e com direção de Maurício Sherman; no papel­título da novela está Janete Vollu de Carvalho e no de Nacib, Renato Consorte. A Metro Goldwin Mayer compra os direitos de adaptação para o cinema de "Gabriela". Com o dinheiro, Jorge  adquire um terreno em Rio Vermelho, então na periferia de Salvador, e começa a construir lá uma casa. 
Mais de mil pessoas comparecem à primeira sessão de autógrafos de Jorge Amado em Portugal, em 1966, na Sociedade Nacional de Belas Artes. O escritor chega aos mil autógrafos no lançamento de "Dona Flor e seus dois maridos" na livraria Civilização Brasileira, em Salvador. O romance sai com tiragem de 75 mil exemplares. Uma segunda sessão de autógrafos é marcada na capital baiana para atender aos leitores que ficaram de fora da primeira.
Com o fechamento da Livraria Martins Editora, em 1976, Jorge passa a ser autor exclusivo da Record. Estréia no cinema "Dona Flor e seus dois maridos", de Bruno Barreto, com Sônia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça. Após três meses de exibição o filme bate recorde de bilheteria — dez milhões de espectadores. Na Bahia, começa a escrever "Tieta do Agreste". Participa da Feira Internacional do Livro de Frankfurt; que neste ano é dedicada à literatura latino-americana. A pedido do filho João Jorge e do amigo Carybé, que faz as ilustrações, publica "O gato Malhado e a andorinha Sinhá".
Toma posse na Academia de Letras da Bahia (cadeira 21), em 1985. Recebe o título de Grão-Mestre da Ordem do Rio Branco, no grau de Grande Oficial, oferecido pelo governo brasileiro. Participa do Festival de Cinema de Cannes. É homenageado pelo Centro Georges Pompidou, de Paris, onde se realiza um debate sobre sua obra. Estréia na Rede Globo a minissérie "Tenda dos milagres"
Morre, em 1986, aos 73 anos de idade, sua ex-esposa Matilde Mendonça Garcia Rosa. 
Inaugurada, no dia 7 de março de 1987, a Fundação Casa de Jorge Amado, que passa a desenvolver intenso trabalho de preservação e divulgação da obra do escritor
A escola de samba Império Serrano, do Rio de Janeiro, apresenta o enredo "Jorge Amado - Axé, Brasil", em 1989. Recebe o Prêmio Pablo Neruda, da Associação dos Escritores Soviéticos. Estréia na Rede Globo a novela "Tieta", com adaptação de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares e direção de Paulo Ubiratan, Reynaldo Boury e Luiz Fernando Carvalho; no papel-título, Bety Faria. Jorge Amado é entrevistado no programa do escritor Georges Simenon na TF1 (França).
Em maio de 1996, o escritor sofre em Paris um edema pulmonar. Depois de dez dias de internação, recebe alta e viaja para Salvador, onde em julho comemora com os amigos os 80 anos de Zélia. Estréia "Tieta do Agreste", filme de Cacá Diegues, que também assina o roteiro, ao lado de João Ubaldo Ribeiro e Antonio Calmon. No papel­título, Sônia Braga. Em outubro, é submetido a uma angioplastia. A operação mobiliza atenções do país inteiro e é coroada de pleno êxito. Na saída do hospital o escritor anuncia que retomará "brevemente" seus projetos literários.  
No Salão do Livro de Paris, em 1998, é uma das principais atrações e recebe o título de Doutor Honoris Causa na Sorbonne.  Estréia na Rede Globo a mini-série "Dona Flor e seus dois maridos", adaptação de Dias Gomes para o romance de mesmo nome.
Em maio de 1999, é hospitalizado para fazer exames de rotina e tratar de um mal-estar digestivo.  Em junho, a Fundação Casa de Jorge Amado lança o livro "Rua Alagoinhas 33, Rio Vermelho", sobre a casa em que o autor vivia e sobre seu cotidiano.
Cada vez mais recluso, face a seus problemas de saúde, comemora em agosto de 2000, com poucos amigos e a família, seus 88 anos. Vivia deprimido por se encontrar quase sem enxergar, sob dieta rigorosa, privando-se do que muito gostava: de escrever, de ler um bom livro e de um bom prato.
No dia 21 de junho de 2001, Jorge Amado é internado com uma crise de hiperglicemia e tem uma fibrilação cardíaca. Após alguns dias, retorna à sua casa, porém, em 06 de agosto volta a se sentir mal e falece na cidade de Salvador às 19,30 horas. A seu pedido, seu corpo foi cremado e suas cinzas foram espalhadas em torno de uma mangueira em sua residência no Rio Vermelho.




DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS

A viração desatava os cabelos lisos e negros de Flor, 
punha-lhe o sol azulados reflexos.
No barulho das ondas e no embalo do vento.

Rompeu a aldeia sobre o mar de Itapoã,
a brisa veio pelos ais de amor, e,
num silêncio de peixes e sereias,
a voz estrangulada de Flor em aleluia;
no mar e na terra aleluia, no céu e no inferno aleluia!





sábado, abril 09, 2011

Herança Poética: O grande poeta Pablo Neruda


Bem amigos, hoje vou lhes contar um pouco da história de um dos poetas mais fascinantes já existentes, PABLO NERUDA um cara apaixonado pela literatura. O "amante" das mulheres apaixonadas, talvez pelo seu jeito diferente de descrever o amor, um sentimento confuso, alem de expressar em seus poemas os conflitos de sua época.
 
Pablo Neruda 
Nascido no dia 12 de julho de 1904 em Parral, uma cidade do Chile, Neftalí Ricardo Reyes Basoalto conhecido como Pablo Neruda. Filho de um operário e de uma professora primária. Perdeu sua mãe após o parto, dois anos se mudou para cidade de Temuco com sua família.
Por volta dos seus 7 anos de idade começo a estudar no Liceu um colégio só para meninos.Mesmo começando tarde os estudos mostrou um grande interesse pela escritura, tanto que tempos depois começou a publicar seus primeiros poemas no jornal Manãna. O interesse de se expressar era visivel, seus poemas líricos emocionavam.

Aos 16 anos começou a contribuir com a revista literária Selva Austral, já usando o pseudônimo de Pablo Neruda em homenagem aos seus poetas favoritos no qual ele se espelhou que foi o poeta tcheco Jan Neruda e o Fraces Paul Verlaine.


Em 1921 ele se muda para cidade de Santiago do Chile, lá ele começa a estudar pedagogia no Instituto Pedagógico da Universidade do Chile. Em 1923 com apenas 20 anos, publica seu primeiro livro de poemas que ele escreveu entre, seus 16 a 19 de idade. Um ano depois lançou mais um livro Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada, onde ele junta o erotismo da poesia que celebra o corpo da mulher, com o gosto que ele tinha pela natureza.



Pablo Neruda - Farewell - Crepusculário

Do fundo de ti e ajoelhada,
Uma criança triste, como eu, nos olha
Por essa vida que arderá nas suas veias
Teriam que amarrar as nossas vidas,
Por essas mãos, filhas das tuas mãos
Teriam que matar as minhas mãos
Que não nos una nada
Nem a palavra que aromou tua boca
Nem o que não disseram as palavras
nem a festa de amor que não tivemos
nem os teus soluços junto à janela.
Amo o amor dos marinheiros
que beijam e vão-se embora
Deixam uma promessa
não voltam nunca mais
Em cada porto uma mulher espera:
os marinheiros beijam e vão-se embora
uma noite se deitam com a morte no leito do mar
Amo o amor que se reparte em beijos, leito e pão,
Amor que pode ser eterno e pode ser fugaz,
Amor que quer se libertar para tornar a amar,
amor divinizado que se aproxima,
amor divinizado que vai embora,
Já não se encantarão meus olhos nos teus olhos,
Já não se adoçará junto a ti a minha dor,
mas para onde vá levarei o teu olhar
E por onde caminhes levarás a minha dor
Fui teu, foste minha,
O que mais?
Juntos fizemos uma curva
Na rota por onde o amor passou
Fui teu, foste minha,
tu serás daquele que te ame
daquele que corte em tua horta
o que semeei eu.
Vou-me embora.
Estou triste, mas sempre estou triste,
Venho dos teus braços
não sei para onde vou,
... do teu coração me diz adeus uma criança
e eu lhe digo adeus.
Pelos seus olhos abertos na terra,
verei nos teus lágrimas um dia.
Eu não o quero, amada
Para que nada nos amarre



Pablo Neruda- Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada

Poema 1

Corpo de mulher, brancas colinas, brancas coxas,
te parecem ao mundo em tua atitude de entrega.
O meu corpo de campônio selvagem te escava
e faz saltar o filho do fundo desta terra.
Fui só como um túnel. De mim foram-se os pássaros
e em mim a noite entrava com sua invasão poderosa.
Para sobrevier-me te forjei como uma arma,
como uma flecha em meu arco, como uma pedra em
minha funda.
Porém chega a hora da vingança, e te amo.
Corpo de pele e de musgo, de ávido leite e firme.
Ah os vasos do peito! Ah os olhos de ausência!
Ah as rosas do púbis! Ah tua voz lenta e triste!
Corpo de minha mulher, continuará em tua graça.
Minha sede, minha ânsia sem limites, meu caminho
indeciso!
escuras rugas de onde a sede eterna segue,
e segue a fatiga, e esta dor infinita.

Bem ... por hoje é só queridos!

Tenham uma ótima semana ...


segunda-feira, março 21, 2011

De volta ao Herança Poética


Queridos leitores, após um carnaval de muito trabalho em bandas, estou de volta ao blog para começar as postagens. Aos poucos retornando as atividades normais, pesquisando e analisando sobre o primeiro artista literário que do qual irei relatar um pouco de sua vida aqui. Cheguei à conclusão de quem vai ser... Mas por enquanto irei deixá-los na curiosidade. O que posso dizer é que em breve começarei a postar sobre um grande poeta Chileno. Durante uma semana contarei um pouco de sua vida, falarei sobre algumas obras e poemas.
E aí pegaram no ar? Descobriram? Se ainda não... Aguardem!


Boa noite queridos e até breve.

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Poétas, Escritores ... ARTISTAS Enfim !



Bem queridos leitores amigos, criei esse blog no intuito de contar um pouco da história de grandes homens e mulheres poetas, escritores, artistas enfim, que nos deixaram uma grande herança literária da qual tem a mistura de mistério, aventura, romance, medo, ódio, alegria, paixões avassaladoras entre outras situações... Enfim se juntarmos todas as escritas e analisarmos cada pensamento, poderemos ver que ali existe uma metamorfose de emoções um turbilhão de informações onde se concentra a expressão humana de cada um ou um delírio louco daquele que se permitiu a viajar num mundo que só a sua mente consegue entender e alcançar.
Quero falar daqueles que conheço e acrescentaram muito nos meus estudos, assim também como quero pesquisar sobre aqueles que ainda não conheci e aprender mais e mais de tudo aquilo que ainda desconheço e compartilhar com vocês meus queridos leitores.

Tenham uma boa noite.